segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Feira do Livro

O livro da tua vida está à tua espera na Biblioteca!



Livro do Mês - Dezembro

A Bíblia está cheia de erros

José Rodrigues dos Santos – O último segredo

Tomás Noronha é um quase jovem historiador a quem foi lançada a praga chinesa “oxalá vivas tempos interessantes”. É uma daquelas pessoas que parecem estar cobertas do mel de que se alimentam os sarilhos. José Rodrigues dos Santos terá imaginado este seu personagem a ler O código Da Vinci num quarto de hotel em Roma, antes de ser acordado pela visita da polícia.
Pouco depois, Tomás Noronnha teria uma espécie de dejá vú quando o confrontaram com o corpo morto de uma colega sua que havia sido assassinada na Biblioteca do Vaticano. O livro que permanecia aberto junto do cadáver era o mais antigo exemplar da Bíblia. Das linhas das suas páginas Tomás Noronha desenrolou um fio de perguntas e mistérios que o conduziria pelo labirinto de erros e fraudes espalhados entre palavras que deveriam ter sido inspiradas por Deus e pelas quais se levantaram reinos e caíram impérios.
Estes erros e omissões do Novo Testamento foram acidentais ou propositados? Quem conspirou para alterar aquele texto sagrado? Qual é o objectivo do seu plano? Quem anda a assassinar aqueles que se atrevem a investigar estes problemas?
Neste romance, José Rodrigues dos Santos mantém o seu estilo: com a sua linguagem simples conduz-nos por narrativas paralelas, por vezes cruzadas, e faz-nos passar por planos para nos contar uma história que vemos correr na nossa imaginação como se fosse um filme. Enquanto isso, com o olhar de historiador de Tomás Noronha despe o Novo Testamento dos mitos que lhe foram acrescentados e infinitamente repetidos por milhares de pessoas que, sem nunca o terem lido, acreditam que o conhecem profundamente. Trata-se de um atentado às fés cristãs? Pelo contrário: trata-se de uma oportunidade de pensarmos sobre a raíz da fé e de tudo o que se fez em seu nome, ao mesmo tempo que nos empolgamos com uma história bem contada.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Um dia - Dedicado ao Clube de Teatro

Um dia, gastos, voltaremos
A viver livres como os animais
E mesmo tão cansados floriremos
Irmãos vivos do mar e dos pinhais.

O vento levará os mil cansaços
Dos gestos agitados irreais
E há-de voltar aos nosso membros lassos
A leve rapidez dos animais.

Só então poderemos caminhar
Através do mistério que se embala
No verde dos pinhais na voz do mar
E em nós germinará a sua fala. 

Sophia de  M. B. Andresen

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Na hora de pôr a mesa - José Luís Peixoto

Livro do Mês - Novembro de 2011

Gaveta de papéis,

Poesia de José Luís Peixoto

Foto: institutoportuguesdecultura.blogspot.com

José Luís Peixoto começou a cintilar há poucos anos no universo dos escritores portugueses. Encontramo-lo frequentemente nas estantes das livrarias, rindo tristemente da vida e do tempo nas páginas simultaneamente dolorosas e esperançosas dos seus romances; ouvimos as suas palavras na boca de Jorge Palma; recitamos os seus versos na paragem de autocarro...

O nosso livro do mês é o seu Gaveta de papéis, originalmente editado em 2008 pela Quetzal. Este livrinho parece mesmo o conteúdo de uma gaveta de papéis... terão de o folhear para perceber porquê. A sua poesia vai para lá dos modelos clássicos (ou mesmo pós-modernos) com que contactamos na escola. Têm um sabor exótico que nos pede para alargar o horizonte dos paladares da nossa mente poética.

Aqui vai um dos trabalhos que o autor nos apresenta:

Chovem pais e filhos sobre os campos,
Terrenos de árvores húmidas, outono.
Os pais tentam sempre proteger os filhos,
essa é a natureza que corre nas árvores,
essa é a lei e esse é o sentido. É outono,
e não poderia ser outra estação, começou
o frio e a fome, olho a força dos campos
pela janela submersa deste último outono
e compreendo por fim a minha idade:
chovem pais e filhos de mãos dadas.
Lá longe, sou pai. Lá longe, sou filho.

As instalações BE

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