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domingo, 17 de junho de 2012

Ensaio: religião e sociedade

Por Inês Leite, 10.º A
Fonte da imagem: http://www.benitopepe.com.br/2010/11/21/religiao-versus-ciencia/


“No princípio, Deus criou os Céus e a Terra “. Para muitos esta frase continua ser a base das suas crenças. Eu, sou uma pessoa que acredita naquilo que vê e na justificação de factos com base no conhecimento humano e científico. Ao longo dos tempos, a Ciência tem vindo a contradizer muitos das verdades inquestionáveis assumidas pela religião.
Vejamos então um exemplo desta situação: Durante muitos anos Copérnico, Galileu ou Kepler mantiveram as suas teorias acerca do sistema solar e o movimento dos planetas, na “gaveta”. Temiam chocar a mentalidade religiosa da sociedade da altura: as teorias contradiziam as verdades reveladas pela Bíblia e ameaçavam a fé. À partida deve ser dada mais importância, existindo uma contradição entre a ciência e a religião, à ciência, mas continuemos a analisar o problema.
Por que razão a Igreja sempre condenou a Ciência? A Ciência sempre teve um elevado potencial para colocar em xeque os mitos e os dogmas da igreja.
Por outro lado, a religião deverá ser um meio de pacificação social, reguladora da conduta humana, uniformizando os valores éticos e morais de uma sociedade. Ao invés, as guerras santas, os tribunais de inquisição, são exemplos de erros cometidos ao longo da história, com a intenção da Igreja provar o seu poder.
A falta de adaptação aos tempos actuais, que a Igreja tem demonstrado, nomeadamente no que diz respeito a temas como a sexualidade, ou ao matrimónio de sacerdotes, tem levado a um afastamento entre a sociedade e a Igreja.
Ao seguir a ciência baseio-me em algo concreto, palpável e suportado por dados, enquanto, se basear as minhas decisões na religião, baseio-me em mitos e em algo abstracto, algo que para se obter uma solução concreta é bastante complicado.
Uma das célebres frases de Karl Marx foi: “ a religião é o opio do povo". Por vezes, a religião é uma idealização das aspirações do povo que não podem ser satisfeitas de imediato. É isso que Marx queria dizer ao chamar a religião de "ópio do povo": ela alivia a dor mas, ao mesmo tempo, torna-nos indolentes, nublando a nossa percepção da realidade e tirando-nos a vontade de mudar.

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