terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Falar Algarvio - Janeiro


Gosto de estar no algar (1) que deixa o calor passar a tisnar-me o corpo. Chego naquela hora em que o sol acala (2) e sento-me na babuja (3). A água feita num mar de atum (4) vem desenhar geometrias caprichosas na areia ao pé de mim. Só os limos (5) restam do cachão (6) que ainda onteontem almareava (7) a vista. Estes jazem em pequenos montes e exalam maresia. Deixo que o cheio se cole a mim. Faço parte deles, por vezes vou enramolhada (8) com eles nas ondas que entram pela cidade desmarrida (9) e arrancam dos valados (10) caiados o cafelo (11) que vem misturando aos barbelidos (12) no recuo do mar. Pego numa macheia (13) de areia, deixo-a correr entre os dedos, retendo só duas conchas de cóquilha (14). Repito. Uma e outra vez. Há muito a sombra negou a brincadeira à água. Ao sol-postinho (15) ponho-me d´ém pé (16) e abalo descontravontade (17).

Prof. Margarida Cardoso

Do que estás à espera?! É fácil, divertido e... DÁ PRÉMIOS!!!


Vencedora do passatempo de Novembro: Susana Malveiro do 12º M que ganhou o romance de Pepetela, A Montanha da Água Lilás.




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